Em ação classificada como atentado pelo governo federal, oito camionetes destinadas ao Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) foram incendiadas na madrugada desta sexta-feira (7), às margens da BR-163, no sudoeste do Pará.
Os veículos foram destruídos junto com a cegonheira que os transportava em Cachoeira da Serra, um distrito de Altamira perto da divisa com Mato Grosso e a 1.820 km de Belém. Outra cegonheira, que viajava em comboio, escapou do ataque e está numa base militar na região.
Os veículos foram destruídos junto com a cegonheira que os transportava em Cachoeira da Serra, um distrito de Altamira perto da divisa com Mato Grosso e a 1.820 km de Belém. Outra cegonheira, que viajava em comboio, escapou do ataque e está numa base militar na região.
O sudoeste do Pará depende economicamente da extração ilegal de madeira e ouro e tem sido palco de protestos contra o recente veto do presidente Michel Temer à regularização de grileiros e posseiros dentro de unidades de conservação.
Em reação ao ataque, a presidente do Ibama, Suely Araújo, determinou o bloqueio de todas as serrarias da região de Novo Progresso, a principal cidade do sudoeste paraense. O órgão solicitou o apoio da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal para apurar o incêndio e reforçar a segurança. "É um atentado contra a ação legítima do Estado brasileiro", disse à reportagem o diretor de proteção ambiental do Ibama, Luciano Evaristo. Ele explicou que o governo não teve prejuízo, já que os veículos ainda não haviam sido entregues e são parte de um contrato de leasing, pelo qual a frota é renovada a cada dois anos. Segundo o diretor, o Ibama continuará usando os carros antigos, sem perder o poder operacional. Evaristo afirmou que os motoristas das cegonheiras desrespeitaram a orientação do Ibama de passar a noite dentro da base militar da Serra do Cachimbo. Em vez disso, pararam em um polo de exploração ilegal de madeira.
Fonte: Folha